“Bárbaras” reflete sobre empoderamento feminino
“Bárbara é também substantivo e adjetivo que na evolução da língua denomina entre outros força e brilho”. A fala da jornalista Camila Lima abriu o debate em “Bárbaras”, nesta segunda-feira, 11. O evento buscou refletir sobre as pautas relacionadas às mulheres. Realizado pelo Grupo de Comunicação O POVO e coordenado por Cliff Villar, diretor corporativo do O POVO, no hotel Gran Marquise, em Fortaleza.O painel “Políticas Públicas de Gênero” deu início ao encontro. A conversa reuniu a vice-governadora Jade Romero, Rita Von Hunty, crítica cultural, arte-educadora e persona-drag do professor e ator paulista Guilherme Terreri, e a secretária dos Direitos Humanos do Ceará Socorro França. O debate foi moderado por Regina Ribeiro, editora-chefe do O POVO+.
“Nossa história foi toda contada pelos homens. Nós temos que contar a nossa história por meio das nossas heroínas, das nossas mulheres, que doaram suas vidas, suas energias, todos os seus esforços para construir, para sair desse lugar comum e construir algo que é diferente”, enfatizou a vice-governadora durante a mesa.
“Sou mulher sim, e daí?”, foi o segundo painel do evento. Tati Bernardi, publicitária, romancista, cronista e podcaster, Sabrina Matos, psicóloga e colunista do O POVO+, e Juçara Mapurunga, psicóloga e professora universitária, tiveram um bate-papo mediado por Carol Kossling, editora de projetos e colunista ESG do O POVO.“É um evento importante para todas as mulheres que se identificam com o feminino e a feminilidade é importantíssimo que a gente se una, tenhamos sororidade para valer nossos direitos, para que a sociedade seja mais inclusiva e para que se defenda a subjetividade”, argumentou Juçara Mapurunga, frisando a importância do debate o qual participou.Entre as homenageadas do dia estavam a ativista Maria da Penha, Maria Luiza Fontenele, ex-prefeita de Fortaleza, e Cacica Pequena, liderança indígena do povo Jenipapo-Kanindé de Aquiraz. “É muito importante quando se reúne muitas mulheres, pode ser mulheres indígenas, negras, não indígenas, para nós porque é uma coisa que vem trazer força, não é?”, destacou a liderança indígena.
Vládia de Paula, que estava prestigiando “Bárbaras” como plateia, refletiu sobre como os movimentos feministas refletem entre as gerações.“Quando uma mulher se desloca ela carrega a ancestralidade, mas ela dá a perspectiva de um deslocamento para as mulheres para o futuro”, apontou a também coordenadora de justiça restaurativa mediação e cultura de paz na Secretaria dos Direitos Humanos do Ceará.
Fonte: Jornal O POVO – 11/12/2023